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segunda-feira, 24 de março de 2008

GNOTHI SEAUTON


Pra variar, pensando em alguma coisa, me deparei com o termo do título do post: "Gnothi Seauton" que, segundo Sócrates, significa "conhece-te a ti mesmo". Frase complexa, como tudo que me aparece. Lá me vem a pergunta na cabeça: quem sou eu? Me definir, me qualificar, tarefas difíceis. "Metamorfose Ambulante", segundo Raú Seixas; ou apenas uma contradição, segundo Pitty. Talvez...

Simplismente tenho me deparado com um "eu" bem diferente do que costumava ser. Um "eu" que na verdade sempre quis ser e só agora tenho conseguido realizar. Realizar? De realidade? Humm, não! Acho que não também. Por um lado sim, mas por outro... Talvez eu seja como Flaubert, que oscilava entre o Realismo e o Romantismo. Eu oscilo entre a razão e a emoção;, entre o masculino e o feminino; entre o bem e o mal; entre o positivo e o negativo; entre Yin Yang. Agora só falta o equilíbrio entre as partes.

Hoje estou no meu "eu" racional, masculino, mal e positivo. Engraçado como consigo ser tão complicada. Dizem que sou pessimista, mas eu discordo, sou apenas realista, e isso consigo ser o tempo todo. Lendo o post da Kézia e pensando, será que sou transparente? Será que consigo transparecer doçura? Será que meu escudo está tão forte que não sou mais sentimento? Excesso de racionalidade? Acho que foi necessário. A gente amadurece e não pode escolher o contrário. Acho que as circunstâncias me levaram a ser assim. Estou me conhecendo e finalmente criando uma identidade, não sendo diferente mas pelo menos não sendo igual.

Deixei de acreditar que as poderiam ser pra sempre, até porque "o pra sempre sempre acaba" e se não acabasse não teria a menor graça. Vivendo o presente, agora de verdade, na prática, e deixando um pouco os sonhos de lado. Sonhar é preciso, mas a fase Surrealista foi deixada de lado por enquanto.

"Só sei que nada sei", como diria mais uma vez Sócrates... Vou me conhecendo através dos outros e isso tem sido uma experiência engradecedora. Obrigado por todos que me dirigiram palavras sábias, boas e ruins, esporros ou elogios. Só assim chego perto de conhecer a mim mesma, uma nova Rafa, ou 'Ampulheta de Windows', como diria meu querido Dyego... xD

É, como diria Shakespeare e Aldous Huxley: Admirável Mundo Novo! Mas isso pode ser assunto pra outro post...


Obrigada pela visita!!